Balé Folclórico da Amazônia participa da sua 12° turnê internacional

Foto: Mariza Miranda.

Cerca de 40 integrantes, entre dançarinos, músicos e técnicos do Balé Folclórico da Amazônia vão representar o Brasil em um dos principais festivais de artes e tradições populares da Eupora, realizado pelo Festivals du Sud. Será um trabalho de 50 dias percorrendo diversas cidades da França, Espanha e Itália.

O grupo, fundado em 1990, já participou de vários festivais na Europa e na América, e conquistou premiações internacionais, entre elas a medalha de bronze na mostra competitiva de Dijon-Fr, título inédito para o Brasil, e o prêmio Diomedes Tunes pela Cioff Venezuel, órgão ligado à UNESCO, de consulta sobre a Diversidade Cultural.

Destaque Mundial

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O balé foi indicado também, no México, para o prêmio Lunas Del Auditório, na categoria melhor espetáculo de folclore e tradição. No Brasil não foi diferente, a companhia realizou apresentações em várias capitais da região e conquistou os prêmios: Adelermo Mattos, Mestre Verequete, o Theatro é Popular e Amazônia Cultural do Minc.

A companhia de dança faz um trabalho de projeção folclórica baseada na cultura popular da Amazônia Brasileira. “São danças tradicionais onde fazemos uma releitura de nossas raízes utilizando uma linguagem contemporânea. Elas são coreografadas a partir de estudos feitos sobre os mitos, lendas, rituais e manifestações da cultura amazônica”, diz o diretor geral e artístico, Eduardo Viera. Segundo ele, os dançarinos são identificados na própria comunidade, através da relação que já possuem com movimentos de danças populares.

O diretor musical, Vitor Hugo, participa há 11 anos do grupo e revela que passou a conhecer melhor a cultura amazônica depois de participar desse trabalho. “Para nós é um orgulho imenso poder transmitir, através da musicalidade e ritmos, tudo que nós somos e representamos enquanto paraenses, nortistas e brasileiros”, afirma.

Os ensaios ocorrem três vezes por semana em uma quadra de escola pública localizada em Icoaraci, região metropolitana de Belém. Para o grupo, a maior dificuldade é não ter um local próprio para os ensaios, mas colocam como prioridade o esforço de cada integrante. Camila Pereira é uma dessas pessoas. Ela mora no Jurunas e pega dois ônibus toda vez que precisa ir para Icoaraci.

Camila Pereira

“Tenho dificuldades de ir para os ensaios,mas permaneço no grupo por amor a dança e pelas oportunidades. Estou realizando um sonho de conhecer o mundo e representar o meu Estado e o meu País” diz a dançarina. Eduardo garante “o grupo está de braços abertos pra quem quiser participar”.

Confira:

 

Texto : Joyce Cursino
Produção: Fabrício Nascimento e Andreia Mouzinho

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