Seminário discute economia criativa em diversas áreas culturais

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Georgia Nicolau

O Boulevarte é um grande evento cultural que acontece na Praça dos Estivadores. E também um projeto que fomenta a economia criativa da cidade. Pensando nisso, a equipe do Boulevarte vai promover, nos dias 30 e 31 de maio, um seminário voltado para os empreendedores e para a classe artística. O encontro vai acontecer no auditório do Banco da Amazônia e qualquer pessoa pode participar: empreendedores criativos, artistas, produtores culturais, entre outras interessadas pelo tema. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas neste link.

Serão dois dias de mesas redondas, painéis e debates sobre temas como empreendedorismo, design, sustentabilidade, audiovisual, música, entre outros. A ideia é discutir como projetos das mais diversas áreas artísticas podem virar negócios e fomentar a economia criativa. Entre os palestrantes, estão Georgia Nicolau, que tem uma carreira consistente na área de políticas públicas voltadas para a cultura. E Leonardo Salazar, consultor do Sebrae e estudioso do mercado da música.

“Queremos discutir a questão pragmática da economia criativa. Como descobrir oportunidades? como desenvolvê-las como negócio que gere ocupação e renda? E assim fazer girar uma economia feita por pequenos empreendedores que se relacionam de uma forma mais ética com a sociedade. Toda vez que um artista pega um microfone para cantar no Boulevarte, técnico de som, roadies, iluminadores e outros profissionais estão sendo remunerados pelo fazer artístico”, explica Ney Messias, idealizador do Boulevarte.

Lorena Saavedra, coordenadora do Boulevarte e organizadora do seminário, reforça a importância de iniciativas como esta para estimular o mercado criativo paraense. “O seminário é voltado para a essência do Boulevarte. O nosso foco é o empreendedorismo criativo e todo o mercado da música; produtores, empresários, músicos, donos de casa de show. Queremos contribuir com a evolução desse cenário”, explica.

Professores da Estácio, músicos, cineastas, jornalistas, proprietários de empreendimentos criativos vão compor as mesas de debates. Confira as mesas neste link. Em breve vamos divulgar os nomes de todos os profissionais que vão compor os debates.

Georgia Nicolau

Georgia volta a pisar em solo paraense em um momento importante para a cultura. Com uma bagagem sólida no que diz respeito a políticas públicas na área da cultura, após atuar como diretoria de Empreendedorismo, Gestão e Inovações da Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura (MinC), ela descreve o seu sentimento de carinho pela capital e como vê o hibridismo da cultura paraense.

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Leonardo Salazar

“Todas as vezes eu fui muito bem recebida, acho que é um dos lugares que mais se recebe bem as pessoas no mundo. E tem potencial gigantesco de ser a síntese do Brasil que eu acredito. Tem raízes amazônicas, indígenas, negras, afros, dos portugueses, europeus. Tem também o rio, a proximidade com os países do Norte. Eu acho que saíram coisas maravilhosas dessa mistura em todos os aspectos, na gastronomia, arquitetura, música, tanto a tradicional quanto a contemporânea. Belém tem uma potência incrível, tem muita coisa acontecendo e muita pra acontecer ainda”, analisa.

Para ela, todas as possibilidades são intrigantes e renovadoras, especialmente por acreditar que ainda há muito a ser feito. Sobre a participação no Boulevarte, Georgia adianta: vai trazer cases que conheceu no Brasil e no mundo sobre empreendedorismo e formas de organização, de economia compartilhada. “O Boulevarte é muito importante. É minha primeira vez, mas estou muito animada por poder fazer parte desse encontro e poder expor qual a importância das políticas públicas para o fomento deste tipo de empreendedorismo”.

Leonardo Salazar

Na área musical, o evento traz Leonardo Salazar, consultor do Sebrae e estudioso do mercado da música. Autor de dois livros sobre o assunto, já veio à Belém outras vezes; para ministrar cursos e palestras sobre música, negócios e empreendedorismo; tempo suficiente para também se encantar com a capital. “Estou muito feliz de voltar, gosto muito da cidade, principalmente da música, da gastronomia e das pessoas”, revela.

No seminário, os participantes vão poder dividir suas experiências e saber mais sobre como atuar com a música no mercado. “O empreendedor criativo tem que ter talento e gestão, porque talento sem gestão é só uma diversão. Então o empreendedor criativo precisa desenvolver competências gerenciais para poder transformar sua ideia de negócio em um produto que remunere seus esforços, além de beneficiar a sociedade de alguma maneira”, ressalta Leonardo.

Por Vívian Carvalho e Natália Mello

 

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